ObesidadeA obesidade tem vindo a aumentar mundialmente. No nosso país metade da população tem excesso de peso e um em cada cinco adultos já é obeso.

Esta doença subsiste como um dos fatores de risco de primeiro grau, pois pode influenciar decisivamente o rumo de qualquer outra doença. De acordo com um estudo realizado recentemente, até 6% dos casos de cancro registados na União Europeia são devidos ao excesso de peso.

Como podemos constatar, a obesidade está normalmente associada a vários problemas de saúde, um dos mais frequentes é a diabetes tipo 2. Mais de 90% das pessoas diabéticas têm excesso de peso.

O peso pode ser decisivo para o evoluir positivo ou negativo de um doente diabético.

 

Além da diabetes, outras doenças podem ser associadas à obesidade:

  • Apneia do sono
  • Cancro (cólon, mama, vesícula)
  • Colesterol elevado
  • Doenças coronárias
  • Gota
  • Hipertensão arterial
  • Doenças gastrointestinais

 

É necessário que se tomem uma série de medidas para combater este excesso de gordura acumulada no organismo:

  • Alimentação saudável, variada e de preferência restritiva, excluindo ao máximo os alimentos mais ricos em calorias, açucares simples e gorduras de origem animal;
  • Combate ao sedentarismo, através da promoção de uma atividade física regular que vai levar a um maior gasto das calorias ingeridas. Pode passar por uma caminhada matinal, um passeio de bicicleta ou a prática da natação. Em casos especiais, como é o caso de pessoas debilitadas a nível físico, a fisioterapia e a hidroterapia podem dar um grande contributo;
  • Estilo de vida saudável: aquisição de hábitos e costumes que combatam a obesidade, evitando o stress, a ansiedade, irritabilidade, insegurança e estados depressivos que levem as pessoas a comerem em excesso;
  • Acompanhamento médico para controlo do peso e dos valores analíticos.

 

Parece-nos fundamental que um tratamento com base nutricional seja controlado por um especialista, evitando assim oscilações de peso de dietas sem qualquer rigor ou orientação científica. As “dietas milagrosas” apenas trazem consequências nocivas a nível de saúde e são de evitar. Cada pessoa deve ser tratada individualmente, sendo prescrito um plano alimentar específico e adequado às suas necessidades calóricas. Um controlo rigoroso do peso, da percentagem de gordura corporal assim como dos valores de colesterol, triglicéridos e açúcares no sangue são indispensáveis para se poder constatar os resultados a longo prazo.

 

Dr. João Sampaio

Nutricionista

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